Ora viva caros leitores, verão não é verão sem os tradicionais festejos anuais das terrinhas.
A Bordinheira não foge à regra, aproveitando os últimos dias de calor, realizou no final de Agosto, 4 dias de festa rija, repletos de muitas actividades e animação como manda a tradição.
Além dos bailaricos, realizou-se um Passeio de Motos, o Rali Tascas, o Color Run(Rã), as Cavalhadas e como não podia deixar de ser o Convívio de Pesca da Festa.
Não sendo da terra, mas como faço parte da direcção do clube, tive de dar uma mãozinha, andei a fazer de empregado de mesa pelo restaurante da festa.
Pescar estava fora de questão, mas a família Franco tinha de marcar presença, assim sendo o avô tinha de levar o neto à pesca, até porque tinham contas para ajustar he he he.
A principio a ideia era irem só os 2, mas o vício começou a mexer comigo e tive que lá ir apoiar o petiz, apenas durante umas horinhas, depois tinha de o deixar entregue ao avô e vir mais cedo para voltar aos serviços festivos.
Mas vamos lá ao relato da jornada piscatória, sem grande preparação prévia da pescaria, tirei um resto de engodo do congelador e umas sardinhas para isco.
Após a concentração arrancamos para o mar, como não tinha visto o mar, o pesqueiro foi escolhido por intuição, como o Cavalinho tem dado bons resultados voltamos a tentar lá.
O mar estava bom, uma cor excelente, nem manso nem bravo, com aquele toque ideal para dar uns bons sargos, a ideia era mesmo essa, ao descer a arriba, com a maré bem vazia, já vislumbrava um pesqueiro que me agradava, sem perder tempo fomos até lá.
Como não estava vento, montei uma cana com fio 0,20mm, uma bóia de 5grs, preparei o engodo e salpiquei as pedras onde o mar vinha lavar e fazia uma boa escoa.
Preparo os filetes de sardinha para isco e estava na hora do júnior entrar em acção, bóia na agua, logo ao primeiro lançamento a bóia afunda, ele dá o toque e peixe ferrado, uma sargueta pequena que voltou para o mar, não era mau sinal.
Novo lançamento e nova ferragem, desta feita foi um sargo jeitoso, a grade estava safa, mas a pescaria continuo.
Mais meia dúzia de lances e mais um sargo, ele olhava para o avô, que estava um pouco mais atrás e dizia para mim, o avô ainda não tirou nada, hoje é que vais ser, tenho de dar-lhe uma lição he he he.
A coisa ia andando a bom ritmo, com mais uns sargos a sair e outros a desferrar, mas o momento do dia estava para vir, a bóia volta a afundar, ele dá-lhe o toque e o peixe arranca mar dentro, nervoso começa logo a dizer, pai este é grande, este é grande......Tens de me ajudar que não consigo sozinho.
Deixei estar a trabalhar o peixe um bocado, assim que o peixe veio de boca aberta à tona da agua, ele grita é um robalo pai ......
Tentei acalma-lo e concentrar-se no trabalhar do peixe, depois de morto o mar encarregou-se de o por em cima da pedra e fui busca-lo.
O sorriso estampado na cara, o sangue a ferver por dentro, os nervos que agora acalmavam, eram os meus motivos de orgulho também, além de me trazer à memória as minhas primeiras grandes batalhas travadas com peixes de registo, isto é pesca meus amigos, composta por momento que ficam eternizados na memória.
Não sendo nenhum monstro, era agora motivo de orgulho para o pequeno, já que é o seu actual recorde.
Bom, após as fotos da praxe, lá voltamou ao activo, já com a maré a subir, entre mais umas colheradas de engodo, ainda conseguiu tirar mais um sargo, nesta altura o meu pai já tinha ido procurar novo pesqueiro.
Com o meu tempo a chegar ao limite, pois tinha de arrancar, fomos andando para sul, para deixar o júnior a acabar a jornada na companhia do avô, montei a cana com uma chumbadinha e lá ficou ele a pescar.
A pesca estava praticamente feita 11 sargos e um robalo, ainda conseguiu apanhar mais uma tainha que não aparece na foto, após a pesagem era esperar para ver se chegava para ganhar.
Depois de servir o almoço ao pessoal do passeio das motas, seguiu-se o almoço do pessoal da pesca, só depois se realizou a entrega dos prémios do convívio de pesca.
O João não conseguiu ganhar, a vitoria escapou-lhe por escassos pontos, ganhou o Miguel Serra, o júnior João Franco ficou em 2º lugar e levou também o prémio de maior exemplar para casa, finalmente consegui ficar à frente do avô, objectivo principal alcançado, a fechar o pódio ficou o Paulo Salgado.
Mas a festa ainda ia a meio, depois de receber os prémios, nova uma actividade em família, participar no 1º Color Rã, uma divertida corrida/caminhada de 5km, com pinturas à mistura.
Foi uma estreia bastante participada e extremamente divertida, que culminou com uma mega aula de zumba, seguida de uma explosão de cores, muito fixe.
Foi uma estreia bastante participada e extremamente divertida, que culminou com uma mega aula de zumba, seguida de uma explosão de cores, muito fixe.
O resultado da pintura foi este, obra do Picasso ;)
Depois da diversão, voltar ao trabalho, banhinho tomado e servir à mesa no restaurante da festa, esta foi outra nova experiência que adorei, um pouco cansativa mas bastante gratificante, grupo de trabalho 5 estrelas, para o ano podem contar comigo novamente.
Claro está que apesar do trabalho, dá sempre para divertir, ir ao bailarico, jogar o jogo dos pregos para ver quem paga umas cervejas, e acabar a noite a beber umas caipirinhas no Charco Lounge Bar, construído e animado pela malta jovem da terra.
O ultimo a espetar o prego paga, João puxa lá da carteira e paga!!!!!
São assim as festas nas aldeias do Oeste, esta já foi para o ano hà mais, venham até cá e participem, vão gostar de certeza.