Esta foi uma jornada à muito esperada pelo meu júnior, uma pescaria nocturna aos carapaus.
O desconhecido e a curiosidade aguçavam-lhe o apetite, a novidade de estar na escuridão da noite a olhar para o starlight, este desaparecer na agua afundado pelo puxar de um peixe, animavam o pequeno pescador.
Pelas previsões do Windguru a sexta feira passada, seria um dia de mar bem calmo, com pouco vento, perfeito para este tipo de pesca, tinha ficado a promessa de pesca nesse dia e ele não se esqueceu.
O dia prometido para a pescaria, coincidiu com o ultimo dia de aulas, depois da festa de final de ano, foi chegar a casa, jantar a correr e ir par o mar que se fazia tarde, é que isto da pesca ao carapau tem muito que se diga, convém ir cedo para tentar apanhar um lugar sossegado nos pesqueiros de eleição, pelo menos na minha zona são poucos, o que faz com que por vezes se aglomerem 30 ou 40 pescadores em poucos metros.
O pesqueiro ideal para ele era Pedra que Bole, na praia Formosa em Santa Cruz, por vários motivos, estaríamos em segurança, com alguma luz para facilitar a ambientação do Júnior à pesca nocturna, mas acima de tudo, porque à partida estaríamos lá sozinhos.
Não é que eu tenha problemas em pescar no meio da multidão, mas não é a coisa que mais gosto, uma vez que era ele que ia pescar, o mais certo era embrulhar a pesca com meio mundo, assim ali estaríamos descasados sem chatear ou estorvar outros pescadores.
Arrancamos para o mar por volta das 10 da noite, apanhar o tal pesqueiro era quase uma miragem, mas ainda assim passamos por lá para ver, quando lá chegamos, o espanto, nem um único pescador na praia Formosa, era mau sinal, apenas na Pedra que Bole se via um vulto de um pescador, a noite não estava muito quente, com algum vento fresco de norte nada agradável, arriscamos na mesma em ficar por ali.
Descemos e fomos em busca de um bom local, mas o melhor spot era mesmo em cima da tal pedra, assim fui lá ver se conhecia o tal pescador que lá estava, para lá pescarmos a seu lado.
Não o conhecia, ainda assim perguntei delicadamente se podíamos pescar ali com ele, expliquei-lhe as razões de irmos para ali, uma vez que os outros lugares estavam vazios, não era por mim, pois nem ia pescar, era mesmo para o miúdo estar em segurança e conseguir pescar em condições, uma vez que estávamos de costas para o vento e com a agua por baixo dos nossos pés.
Foi boa pessoa, sem problema nenhum disse que estávamos à vontade, na altura ainda não estava à pesca, estava a montar a cana, uns dedos de conversa e estava feita mais uma amizade.
Chegava a nossa vez de montar a cana, fio 0,18mm, bóia de 4grs com o respectivo starligth na ponta, uns lombinhos de sardinha para isca, preparo um balde de engodo, a maré já subia à umas 3 horas, já com baste agua no pesqueiro lá demos inicio à jornada.
Cedo deu para ver que a coisa ia animar, bóia a afundar e o primeiro carapau da noite estava na lata, a alegria habitual nos olhos dele dizia tudo, era o seu primeiro carapau, a animação continuou com alguns a desferrar na subida, mas os carapaus foram saindo.
A noite ia avançando, o frio apoderava-se do petiz, mesmo bem agasalhado, começava a bater o dente, não tinha trazido mais roupa, só tinha uma solução, tirar a minha camisola para lha vestir, ficando em t shirt, foi exactamente o que fiz, que pai não o faria?
Atitude protectora de pai, lembro-me bem de atitudes destas que o meu pai teve para comigo, os miúdos não se esquecem destes actos heróicos de afecto, assim como eu ainda não me esqueci.
Já mais agasalhado e quentinho, lá continuamos animadamente a encher a lata, impressionante a resistência dele.
Por volta das 2 da manhã, dávamos por terminada a pescaria com a lata praticamente cheia, foram 36 carapaus e uma grande e inesperada tainha.
Saiamos bastante satisfeitos com a pescaria e resultado, com peixe fresco para o almoço e com a promessa de nova investida, assim que as condições estiverem reunidas, lá voltaremos a fazer mais uma carapauzada.
Por volta das 2 da manhã, dávamos por terminada a pescaria com a lata praticamente cheia, foram 36 carapaus e uma grande e inesperada tainha.
Saiamos bastante satisfeitos com a pescaria e resultado, com peixe fresco para o almoço e com a promessa de nova investida, assim que as condições estiverem reunidas, lá voltaremos a fazer mais uma carapauzada.
Assim que entrou no carro para voltar para casa, o cansaço do longo dia, faz-se sentir, em poucos minutos estava a dormir como um anjinho, he he he
Este foi mais um dia de pesca com o orgulho da minha vida, agora que está de férias, certamente vai ter mais oportunidades para fazer o que tanto gosta, PESCAR.
Aqui está o spot em questão, com as devidas condições para esta pesca
O almoço do dia seguinte, carapau com molho à espanhola uummm!!!
Não podia acabar este relato, sem agradecer ao companheiro, que permitiu que partilhássemos o pesqueiro com ele, para ele o nosso OBRIGADO!!!!!!
Boas Pedro,
ResponderEliminarComo diz o ditado, "é de pequenino que se troce o pepino!", bela a faina do teu filho, parabéns!"
Abraço
Boas José,
Eliminaro meu desde os 4 anos que já torce o pepino he he he, grande viciado mesmo.
A pesca correu bem e animou a noite fria que se fazia sentir.
Obrigado, um forte abraço e boas fainas companheiro.
Boas Pedro!!
ResponderEliminarMais uma grande faina com 'o teu mais que tudo'...
Concerteza que não se irá esquecer dos carapaus e da camisola ;)
Grande abraço
Alô Francisco,
Eliminarpara estreia nocturna não está mau, agora não me larga, cada vez que o mar estiver manso lá temos de ir ao mar he he he
A camisola não foi nada demais, acho que qualquer pai o faria.
Grande abraço e boas fainas e mergulhos.
Amigo Pedro!!O João esta feito um grande pescador como o pai , o meu pai foi e é um grande pai e homem , teve muitas atitudes dessas comigo , cabe me a mim ser também um exemplo para os meus filhos como ele tem sido. Um grande abraço amigo
ResponderEliminarBoas grande amigalhão!!!!
EliminarTu já viste como o campeão anda forte he he he, ninguem o pára.
As boas atitudes de pai jamais são esquecidas pelo bom filho, é nessa perspectiva que tento educar o meu, mais tarde dará ainda mais valor ao pai.
Grande abraço e toca a ir ao mar.
36 carapaus foi uma grande estreia.
ResponderEliminarParabéns ao Junior.
Abraco
Boas Eduardo,
Eliminarfoi sem duvida uma óptima estreia, ainda para mais à muito esperada pelo júnior, o que a tornou ainda mais especial.
Aquele abraço companheiro.
Boas Pedro, o teu júnior já dá cartas a pescar aos carapaus:))).
ResponderEliminarGrande abraço aos dois.
Boas Alex,
Eliminaré verdade, ele dá cartas seja nos carapaus, ou noutro tipo de pesca, desde que o pai esteja a ajudar claro está, mas sem duvida que está no bom caminho.
aquele abraço e bons lances ai com o mudo he he he.
Boas Pedro,
ResponderEliminarÉ carapauuuuu... :)
Parabéns pela bonita pesca!!!
Esse spot tem uns acessos espectaculares!
Forte Abraço e força com eles
Ora viva Manuel,
EliminarObrigadão.
sabes como é, com miudagem temos de optar por spots seguros, ainda para mais de noite, que as dificuldades são redobradas, este é um daqueles com acessos bem fáceis, o que o tornas bastante frequentado.
Aquele abraço e bons lances.
Grande Pedro, tudo bem?
ResponderEliminarO teu Junior está a ficar um mestre como tu, deu-se bem com os carapaus.
Nessa madrugada fui spinnar (grade) e não estava calor nenhum, imagino o frio que apanhaste só de t-shirt, mas é como dizes, qual o Pai que não o faria?
Esta 6ªfeira o mar não era grande coisa mas também fui experimentar, lá me safei com uns 20, podiam ter sido mais não estivessem a pegar tão mal, mas já dá para umas boas refeições.
Um abraço e Parabéns a ti e ao teu Junior. :)
Tudo em ordem Luís,
Eliminarestá no bom caminho para ser um bom pescador, esta pesca é bem divertida, muitos peixes animaram bem a jornada, a coisa correu-lhe bem.
O spinning é aquela coisa, grades e mais grades, mas dwe vez em quando lá vem um babaloo.
Fizeste bem aproveitar a carapauzada, andam ai em força, sem grade trabalho apanhamos uns quantos, 20 já deu umas boas almoçaradas.
Obrigado, grande abraço e bons lances companheiro.
Bom relato Pedro, hoje em dia é coisa rara ver alguém partilhar o pesqueiro. O que muitas das vezes vejo é companheiros de pesca quando veêm outros a deslocarem-se para perto, espalharem as coisas pelo pesqueiro para dar a entender que estão há espera de mais gente ou que está lá mais gente. Eu não faço isso, e como o Pedro quando vejo que há condições para num local estar mais que uma pessoa pergunto sempre educadamente se me posso juntar, fica bem e faz parte da minha maneira de ser. Mesmo assim não é fácil Pedro, muitos pensam que o mar é deles.
ResponderEliminarBoas Nuno,
Eliminaressa é uma tendência, mas pelos vistos existem excepções à regra, dadas as circunstâncias, pois era o miúdo que ia pescar, o senhor deixou-nos pescar, eu também podia mas não quis, este amigo é dos bons, não se importou de partilhar o pesqueiro com uns desconhecidos, é de louvar a sua atitude.
O pedir faz parte de pescadores civilizados, uma vez que ele já lá estava, tinha a obrigação de o fazer, mas caso fosse eu a pescar sozinho, nem sequer lá ia pedir, encostava-me a outro canto qualquer.
Os que pensam que o mar é deles, perdem mais com isso, perdem a oportunidade de fazer amigos, e de aprender também, pois estamos sempre a aprender, até com aqueles que sabem menos que nós.
Forte abraço e bons lances companheiro.
Boas Pedro , relato 5 ***** , espero ter saúde e ainda ser vivo para poder partilhar esta arte com o meu mais pequeno, agora ainda só tem 5 anos mas mais para a frente quero lhe poder ensinar este vicio saudável que é pescar , abraço amigo.
ResponderEliminarBoas mestre Sílvio,
Eliminarobrigado, o meu pequeno começou a pegar na cana com essa idade, posso dizer-te que fazes muito bem partilhar os ensinamentos com ele, são momentos que valem a pena, nem ele nem tu se esqueceram dessas jornadas, vele mesmo a pena despender um pouco do nosso tempo de pesca em detrimento deles, como dizes é um desporto bem saudável e engraçado, além de dar para trazer almoço para casa, também ele saudável.
Aquele abraço e bons lances.