Este espaço destina-se à divulgação da pesca, em especial da pesca à bóia, spinning e da pesca de competição, onde relato as minhas pescarias e aventuras na região Oeste

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

9ª Prova do campeonato 2013 da Bordinheira

No dia 17 deste mês realizou-se a 9ª Prova do campeonato 2013 da Bordinheira, as expectativas eram boas pois o tempo e o mar estavam do meu agrado, bem como o pesqueiro que tinha visto no dia anterior, fazia-me prever uma boa pescaria.
Depois da habitual concentração na sede do clube, arrancamos para o mar, com destino marcado para Porto Chão, a maré estava vazia e depressa me apressei para fazer um balde de engodo, preparar uns filetes de sardinha e montar a cana com fio 0,165mm e a habitual bóia de 3grs.
Tinha de aproveitar as primeiras horas de enchente para tentar uns sargos, avanço mar dentro até ao Saltadouro, engodo o pesqueiro, e bóia na água, o tempo ia passando e peixe nem sinal, assim foi durante uma meia hora, as expectativas esmoreciam a cada minuto que passava pois vi logo que ia ser dia dificil por falta de peixe.
Decido mudar uns metros para o lado e tiro 2 tainhas, sargos miúdos e sem peso eram ás paletes, davam cabo de qualquer belisco de sardinha, depois foi o desespero total, mudar de pesqueiro constantemente sem resultados práticos, num buraco consegui em lançamentos seguidos apanhar 2 tainhas e uns sargos, mas foi sol de pouca dura, e a miudagem apoderou-se novamente dos pesqueiros, continuei insistentemente a procurar o peixe em praticamente todos os pesqueiros possíveis e imaginários mas a realidade é que não existia peixe por ali.

 
Foi daqueles dias em que temos de admitir que não dava para mais, pois não existia peixe por ali, como se costuma dizer apanhar peixe nem sempre é quando queremos mas sim quando eles querem, e no final da jornada que prometia bastante pois tinha tudo para dar peixe fica o fraco registo de 5 tainhas e 5 sargotes.
No local da pesagem o desanimo era geral, pela falta de peixe, afinal não tinha sido eu que falhei na escolha do pesqueiro, mas sim o peixe que não colaborou.

Depois da pesagem o 1º lugar do campeonato da classificação geral  ficou praticamente sentenciado, pois o meu rival mais directo voltou a ficar à minha frente, ele em 4º e eu em 7º, deitando por terra qualquer remota hipótese para a ultima jornada.


Nesta prova em 1º lugar ficou o Nelson Puxa Cabos com 10510 pontos, para ele os meus parabéns pela vitória, em 2º lugar ficou o David Forcada com 9800 pontos, e a fechar o pódio ficou o Filipe Ferreira com 9620 pontos.



O resto já todos sabem como foi, o bom ambiente e a boa almoçarada convívio do costume, mas desta feita com musica de fundo, e de alta classe, um violinista profissional e um violinista inesperado brindaram-nos com mestria no violino a demonstrar que além de saber pescar o que melhor sabe fazer é dar musica à malta he he.....
Agora na ultima jornada que se avizinha e já sem esperança em renovar o titulo, vou tentar uma pesca apenas na qualidade e maior, vamos ver como vai correr.

sábado, 16 de novembro de 2013

Grande lição de vida

Mais um fim de semana e nova pescaria, desta feita na companhia do meu pai e do Pedro Lopes, um novo amigo que conheci através do blog, e que me pediu uns conselhos de pesqueiros e técnicas para pescar na zona da Ericeira, pois mudou-se para a zona Oeste recentemente.
Poder fazer novas amizades na pesca é algo que tenho dado bastante atenção, eu como gosto de ajudar, dou umas dicas do tipo de pesca que faço, logo me disponibilizei e combinamos uma pescaria.
Esta jornada teve uma particularidade, pois o Pedro tinha-me dito que tinha um pequeno problema motor num braço, devido a um acidente de moto, perdeu a mobilidade total num dos braços, a incógnita do que me esperava era imensa.
Marcamos a pescaria para bem cedo, por volta das 6 da manhã já bebíamos um café e púnhamos a conversa em dia, assim que amanheceu demos uma visita em alguns pesqueiros, o mar era bastante mexido e barrento, o que não me animava muito, o pesqueiro escolhido foi o César.
Descemos então ao pesqueiro, como o mar era muito a técnica escolhida foi a chumbadinha, depois de preparar um balde de engodo e engodar o buraco escolhido, montamos as canas, ensinei ao Pedro alguns segredos de como iscar com sardinha, entre outros pormenores.
Toca de por as artes a funcionar, cedo o peixe miúdo deu sinal, entre alguns toques com ferragens falhadas foram saindo uns sargotes e robalinhos, que foram devolvidos.
O Pedro lá ia tentado a sua sorte mas também sem sucesso, a única coisa que ferrava eram pedras, ia perdendo material lançamento atrás de lançamento, era chumbada atrás de chumbada, coisa que desanima qualquer pescador, é que além de perdermos material perdemos tempo a realizar nova montagem.

 Se nós perdemos tempo a realizar uma montagem, agora imaginem o Pedro que apenas com uma mão funcional, tem de fazer tudo, perdia muito mais tempo, não é nada fácil amigos, mas com recurso ao improviso de vários instrumentos e utensílios, tais como alicates para segurar os anzóis para empatar e iscar, bem como a um cinto por ele inventado para facilitar segurar a cana e poder dar á manivela do carrete, só visto neste pequeno video para terem uma ideia.
Mas ele não desarmava, e continuava bastante satisfeito e animado, enquanto isso o meu pai ia tirando uns sargotes palmeiros, com a maré a baixar ainda tentei à bóia mas o peixe não andava encostado.
Fizemos mais dois pesqueiros, mas apenas o meu pai tirou 2 sargotes.

 No final apenas o meu pai tinha peixe, eu e o Pedro gradamos, mas trouxe para casa muito mais que uma lata de peixe, pois além de uma nova amizade, trouxe uma grande lição de vida, pois encontrei um pescador que apesar das limitações físicas que tem, não desiste facilmente na pesca, ao contrário de muitos outros, que basta estar de chuva, um pouco de vento a mais, o mar estar bravo ou não estar de feição, ou simplesmente saberem que o peixe não anda encostado, são motivos suficientes para ficar em casa.
Costuma-se dizer que a pesca é para duros, e para o Pedro os meus parabéns pela força e dedicação que demonstra, pois não é fácil, tenho a certeza que vai ser recompensado com dias de pesca felizes.




quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Aula de Filosofia ou Latim?

Caros leitores esta desvendada a origem da palavra do latim ou a explicação filosófica que faltava para a palavra pescador ha ha ha....
Vejam este video hilariante da autoria do treinador de futebol Abel Xavier, que apesar de não se relacionar em nada com a pesca ou com a palavra pescador, encaixa-se na perfeição para a palavra PESCADOR.
Digam lá se ele não tenho razão, senão vejamos pescador, é sem sombra de duvida alguém que PESCA a DOR he he he!!
Em certa parte faz sentido pois muitas vezes o pescador sofre, e não é pouco, ele anda á chuva, ele suporta frio de rachar, ele arrisca a vida no mar, seja de costa , sujeitando-se a quedas nas pedras e nas falésias, ou embarcado podendo naufragar, já para não falar dos riscos de espetar anzóis e fateixas no corpo o que deve doer bastante, mas não são só dores físicas, pois principalmente o pescador sofre para apanhar uns peixes, já dizia o amigo Rui Estrela, que é preciso sofrer, e sofrer é sempre a sofrer.
Agora fora de brincadeiras, com grande respeito pelos homens e famílias que fazem do mar a sua vida e ganha pão, esses sim estão diariamente sujeitos a essa dor, e como infelizmente todos os anos acontecem tragédias no mar, há que saber medir os riscos e respeitar o mar para minimizar essa DOR, quanto aos pescadores lúdicos nunca esquecer que correr riscos desmedidos por causa de um peixe não é um bom lema, a segurança em 1º lugar.
       

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Foram 2 horinhas à Benfica!!!

Neste passado domingo realizou-se o 2º Grande Convívio de Pesca  A.C.D.R dos Arneiros, como não podia deixar de ser fiz questão de participar, além de ajudar na pesagem do peixe e no esvaziamento da panela do almoço, dos jarros de vinho, de minis e afins he he he....
Vamos então ao relato, a previsão de mar não era animadora com ondulação de 4mts ou mais, com mar de enchios e aguas algo tapadas, apenas o vento não estorvou pois nem uma brisa se fazia sentir, saberia que teria de aproveitar as 3 primeiras horas de pesca, porque depois seria praticamente impossível pescar.
A maré de lua, vazia por volta das 8h e meia fizeram-me apostar no Porto Chão, como de costumo na companhia do meu pai, depois de descermos, o ritual do costume, montar uma cana com fio 0,165mm e a bóia de 3grs, fazer um balde de engodo, ajeitar uns filetes de sardinha e apressar-me para rentabilizar ao máximo as primeiras horas.
Vou pela laje adentro até ao saltadouro, umas colheradas de engodo a salpicar as pedras, venho por o balde bem cá atrás pois os enchios bem fortes varriam todo o pesqueiro, pego na cana, e avanço novamente o máximo que consigo,  lanço estico o fio e quando olho para a bóia esta já tinha afundado, dou toque de ferragem, e ai estava o primeiro peixe do dia, um belo sargo, o maior da jornada a dar uma boa luta e a acabar no saco.
Bom não está mau, pensei eu, volto a lançar e tranco mais um para o saco, enquanto eu ia tirando peixe o meu pai tentava apanhar umas tiagens para isco, quando ele começou a pescar já eu devia ter no saco uns 7 sargos.
Mais umas colheradas de engodo, e o bom ritmo continuou, mais uns sargos, com a maré a dar sinal de subida repentina, tive de começar a recuar, os sargos foram desaparecendo gradualmente e deram lugar a umas grandes tainhas que entraram no pesqueiro.
O meu pai ia tentando pescar à bóia, mas sem grande sucesso, enquanto falava com ele, veio umas vagas de mar encavalitadas que quase fizeram o meu pai ir a banhos, tendo equilibrado a muito custo, depois de passar por nós foi varrendo tudo, inclusive os dois baldes de engodo que estavam bem lá atrás. Pronto foi o fim da pescaria, perdemos ai uns 10 minutos para recuperar as colheres e migadores bem como os baldes, o pesqueiro estava estragado pois todo o engodo( algum mal migado) desapareceu rapidamente na escoa, e o peixe foi atrás dele deixando de dar sinal.
Ainda lá voltei para fazer mais uns lançamentos e ainda tirei um robalo, foram 2 horinhas á Benfica com peixe a monte no pesqueiro, depois fui obrigado a vir pescar para a areia onde apenas consegui tirar mais 2 tainhas, deixei de conseguir pescar à bóia e montei uma cana com uma chumbadinha para as 2 horas finais e ainda consegui apanhar mais um sargote.


A lata estava bem cheia e o dia estava ganho, com o mar praticamente impescavel deixei de pescar antes de terminar a prova, o que é coisa rara,  aproveitei para tirar umas fotos ao meu pai em acção.





A pescaria correu bem melhor que o esperado para um dia com poucas condições, uma pesca engraçada 23 sargos, 1 robalo e 11 tainhas num total de 11,040kg, depois da pesagem onde para espanto meu apareceram bastantes peixes de qualidade e de bom lote  seguiu-se um saboroso e animado e regado almoço.


Depois de feitas as contas acabei por fazer o pleno, conseguindo mais uma vitória  totalizando 32570 pontos, o maior nº de exemplares e o maior exemplar.


Em 2º lugar ficou  Jorge Murta com 16700 pontos, e a fechar o pódio Nelson Assis com 16400 pontos.



 A copofonia e a amizade habitual segui-se bem animada tarde fora e foi mais um grande dia nesta colectividade desportiva, onde o futsal feminino tem sido o desporto que mais alegrias e orgulho e tem dado, desta vez foi a pesca pois conseguiram organizar novamente um bom convívio, que se repita por muitos mais anos. 


terça-feira, 5 de novembro de 2013

8ª Prova do campeonato 2013 da Bordinheira

Depois de uma pausa para férias de verão, finalmente regressaram as provas finais do campeonato,   como tinha referido no ultimo post, 26/27 de Outubro foi um fim de semana com muita pesca,  este relato está a sair com algum atraso, não para esconder a pescaria que fiz, que por sinal não é grande coisa, mas por falta de tempo mesmo.
Depois de no sábado ter ganho o convívio da casa do Nadrupe, a moral estava em alta para a 8ª Prova do campeonato 2013 da Bordinheira, e mesmo sem ter preparado a prova estava bastante confiante num bom resultado para tentar reduzir a desvantagem para o 1º classificado.
Sem ter visto os pesqueiros, e atendendo às condições do mar, um pouco barrento e com alguma força, mas a cair, a minha escolha foi Ribeira D´ilhas, na esperança das aguas estarem mais abertas, a maré seria praticamente sempre a descer, com excepção da primeira meia hora.
Depois do habitual café matinal e depois da concentração, fomos rumo ao mar, na companhia do meu pai claro está, as condições eram bastante positivas e agradaram-me logo, tralha ás costas e em poucos minutos estava no pesqueiro, material montado e engodo feito, era hora de por mãos à obra.
Depois de engodar, logo nos primeiros lances comecei a tirar peixe, entre uns sargotes palmeiros, ia saindo uma ou outra tainha, e assim fui pescando e compondo a lata, a coisa prometia, estava a correr bem de mais, durante a 1ª hora até ao virar da maré, altura em que repentinamente deixei de sentir peixe, insisti mais algum tempo sem grande sucesso.
Estava na hora de partir em busca do peixe, sempre em direcção ao norte, fui tentando a minha sorte nuns quantos pesqueiros feitos, mas sem grandes resultados, tirando apenas mais um sargote, o tempo ia passando e peixe nem sinal.
Ia caminhando mais para norte, e passo pelo pesqueiro do Cavalinho, onde estava o João Carvalho, a dar show na arte de pescar tainhas, por segundos parei a observar, e pensei mais uma vez vai ser difícil ficar à frente dele, mas ficar a olhar desmoralizado não ia adiantar.

Ainda faltava uma hora e pouco para o final e continuo caminho, fiquei a pescar no cavalinho mas na parte norte, a pescar nas escoas das pedras numa zona bem espumada, na esperança de apanhar mais alguns sargos.



Depois de engodar, lanço e em menos de nada a bóia afunda logo, mais um sargote, tu queres ver que eles estão aqui em força, pensei eu, no lançamento seguinte tranco uma salema, que acabou por partir, mais umas colheradas de engodo.
Enquanto empatava um novo anzol, recebo então a visita do meu amigo Hélder que andava ao spinning e de maquina fotográfica na mão tirou umas fotos á malta em ação.




Volto a lançar e engato um belo robalote que acaba no saco, depois até ao final apenas tirei mais uma tainha, perco uma salema que cortou e tiro outra.
Era hora de arrumar tudo e dar corda aos sapatos pois estava longe do carro, e não queria ser desclassificado por chegar fora de horas à pesagem.
Apesar de ter uma pesca bem composta, constatei que existiam mais uns quantos sacos com bastante peixe e que faziam prever uma classificação aquém do esperado, pior fiquei depois de pesar o meu peixe, e ver grande parte do meu trabalho ir por agua abaixo pois a maior parte dos sargotes não atingirem o peso mínimo de 200grs, por umas miseras gramas era vê-los a irem para o lado, 190, 185grs pareciam todos irmãos, e no final apenas meia dúzia restaram, e 4tainhas e 2 salemas.
Depois da respectiva almoçarada e do habitual bom convívio entre todos, era hora de fazer as contas e ver quem conseguiu subir ao pódio, assim sendo e sem dar hipóteses aos adversários o João Carvalho
alcançou mais uma grande vitória com 27790 pontos, capturando 70 tainhas, com um total de 13,895kgs, em 2º lugar ficou o César Ribeiro com 17765 pontos e a fechar o pódio o João Rodrigues com 14275 pontos.
Eu acabei por ficar em 5º lugar, bem longe do objectivo que esperava, mas pesca é isto mesmo e se não fosse assim não tinha piada, uns dias corre bem, outros dias corre menos bem, mas o importante como se costuma dizer é participar, dar o nosso melhor, pois o espírito saudável e honesto de competir ninguém me tira, caso as coisas corram menos bem, ver onde falhamos para que da próxima tentar melhorar.
Falta apenas não esquecer, de num gesto de desportivismo e humildade(coisa que nem todos os pescadores de competição têm), dar os parabéns a quem merece, pois com mérito vai levando a coisa a bom porto.
Restam apenas 2 provas para finalizar o campeonato, e apesar da desvantagem ser grande, à que não esquecer o velho ditado, «Que até ao lavar dos cestos é vindima!!», vou lutar até ao fim como faço sempre.  
Um grande abraço para todos e até novo relato.


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